terça-feira, 10 de maio de 2016

O assunto hoje será sobre escalas.

Alguns alunos se confundem na transformação e entendimento das escalas. Tentarei ser o mais clara possível, para que vejam como é fácil quando passamos a entender a transformação.

Considerações Iniciais:

Toda planta é uma representação esquemática da realidade, dando-se segundo proporções entre o desenho e a medida real.

Escala: É uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado.

Tipos das escalas:

 - Escala Natural: quando as dimensões do modelo  (d) são iguais as dimensões do objeto original (D)
 - Escala de Ampliação: quando as dimensões do desenho (d) são maiores que as dimensões do objeto original (D) - Pouco utilizada no projeto arquitetônico.
 - Escala de Redução: quando as dimensões do desenho (d) são menores que as dimensões reais  do objeto original (D)

As escalas mais utilizadas no projetos arquitetônicos são:

- Plantas de situação e localização: 1:200 / 1:250 / 1:500 / 1:100
- Plantas baixas e cortes: 1:100 / 1:50
- Desenhos e detalhes: 1:10 / 1:20 / 1:25

Entendendo a escala:
  • Escala de 1:50  cada metro no desenho corresponde a 50 metros reais, ou seja: 1cm corresponde a 0,5m, ou 50cm.
  • Escala de 1:100 cada metro no desenho corresponde a 100 metros reais, ou seja: 1cm corresponde a 1m.
  • Escala de 1:20 cada metro corresponde a 20 metros reais ou seja 1cm corresponde a 0,2m.
  • Escala de 1:25 cada metro corresponde a 225 metros reais, ou seja: 1cm corresponde a 0,25m.


Exemplos:


 
 



 3) -  Uma escala de 1:500 informa que, o comprimento de um segmento representado em uma planta, equivale a quinhentas vezes este comprimento no campo.  
 
     1m em planta representa uma linha de 500 m no terreno



     10 cm em planta representa uma linha de 5.000 cm no terreno:
 
 
 
O escalímetro:  É  um instrumento de desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala ou facilitar a leitura das medidas de desenhos representados em escala. Podem ser planos ou triangulares.



- Exemplo de uma figura em escalas diferentes:


terça-feira, 3 de maio de 2016

Olá!

Hoje darei continuidade na postagem da NBR 6492, sobre tipos de papéis utilizados, seus formatos, carimbos e dobramento das folhas de projetos.

- Papel:
Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução, a saber:
a) papel transparente: - manteiga; - vegetal; - albanene;  - poliéster; - cronaflex.
b) papel opaco: - canson; - schoeller; - sulfite grosso.

- Formatos:
Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068, formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento.

Tabela 1 - Formatos da série "A"
Designação     Dimensões
A0                 841 x 1189
A1                 594 x 841
A2                 420 x 594
A3                 295 x 420
A4                 210 x 297

-  Margem e quadro:
Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho.
A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.
As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões constantes conforme tabela abaixo:


           Formato                            Margem                                 Dimensão da linha
                                        Esquerda          Direita
               A0                        25                     10                                       1,4
               A1                        25                     10                                       1,0
               A2                        25                      7                                        0,7
               A3                        25                      7                                        0,7
               A4                        25                      7                                        0,5
Unid.: mm

 - Carimbo (ou quadro)
O carimbo inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos.

Devem constar da legenda, no mínimo, as seguintes informações:
a) identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
b) identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
c) título do desenho;
d) indicação seqüencial do projeto (números ou letras);
e) escalas;
f) data;
g) autoria do desenho e do projeto;
h) indicação de revisão.

Outras informações devem localizar-se próximo do carimbo:
a) planta-chave;
b) escalas gráficas;
c) descrição da revisão;
d) convenções gráficas;
e) notas gerais;
f) desenhos de referência.
Indicação do norte, regime de ventos, etc. podem também constar próximo do carimbo.

Dobramento de cópias de desenho:
Sendo necessário o dobramento de folhas das cópias de desenho, o formato final deve ser o A4.

As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação através da aba em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda.



O dobramento das folhas de formatos A0, A1, A2 e A3, para fixação em pasta ou classificadores A4 deve ser efetuado de acordo com as indicações respectivamente, das figuras abaixo:




Efetua-se o dobramento a partir do lado direito em dobras verticais de 185 mm; a parte final a é  dobrada ao meio. Para o formato A2, por ser a parte final de apenas 14 mm, é permitido um dobramento simplificado, com dobras verticais de 192 mm.

Uma vez efetuado o dobramento no sentido da largura, a folha deve ser dobrada segundo a altura, em dobras horizontais de 297 mm.
A fim de facilitar o dobramento, recomenda-se assinalar, nas margens, as posições das dobras.
Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem de ser perfuradas, para arquivamento, deve-se dobrar para trás o canto superior esquerdo.

Espero que aproveitem!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura

Dentre várias outras, que serão apresentadas neste blog, temos a NBR 6492, que reúne as representações gráficas utilizadas para normatizar os projetos arquitetônicos, visando à sua boa compreensão.

Ela servirá como base para a inicialização do conhecimento das normatizações, e auxiliará o desenvolvimento do desenho gráfico arquitetônico.

Conforme coloquei acima, existem várias outras normas e para melhor detalhamento e maior compreensão, será necessário a  análise complementar das mesmas.

Sobre a NBR 6492, seguem definições:


1 - Planta de situação
Planta que compreende o partido arquitetônico como
um todo, em seus múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e porte do programa, assim como para a finalidade a que se destina.
Nota: Para aprovação em órgãos oficiais, esta planta deve conter informações completas sobre localização do terreno.


2 - Planta de locação (ou implantação)
Planta que compreende o projeto como um todo, contendo, além do projeto de arquitetura, as informações necessárias dos projetos complementares, tais como movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e de drenagem, entre outros.
Nota: A locação das edificações, assim como a das eventuais construções complementares são indicadas nesta planta.


3 - Planta de edificação
Vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 1,50 m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários.
Nota: As plantas de edificação podem ser do térreo, subsolo, jirau, andar-tipo, sótão, cobertura, entre outros.


4 - CortePlano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal.
Nota: O corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos. Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa.


5 - FachadaRepresentação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas.

6 - ElevaçõesRepresentação gráfica de planos internos ou de elementos da edificação.

7 - Detalhes ou ampliações
Representação gráfica de todos os pormenores necessários, em escala adequada, para um perfeito entendimento do projeto e para possibilitar sua correta execução.


8 - Escala
Relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas dimensões reais.


9 - Programa de necessidades
Documento preliminar do projeto que caracteriza o empreendimento ou o projeto objeto de estudo, que contém o levantamento das informações necessárias, incluindo a relação dos setores que o compõem, suas ligações, necessidades de área, características gerais e requisitos especiais, posturas municipais, códigos e normas pertinentes.


10 - Memorial justificativoTexto que evidencia o atendimento às condições estabelecidas no programa de necessidades. Apresenta o partido arquitetônico adotado que é definido no estudo preliminar.

11 - Discriminação técnicaDocumento escrito do projeto, que, de forma precisa, completa e ordenada, descreve os materiais de construção a serem utilizados, indica os locais onde estes materiais devem ser aplicados e determina as técnicas exigidas para o seu emprego.

12 - EspecificaçãoTipo de norma destinada a fixar as características, condições ou requisitos exigíveis para matérias-primas, produtos semi-fabricados, elementos de construção, materiais ou produtos industriais semi-acabados.

13 - Lista de materiaisLevantamento quantitativo de todo o material especificado no projeto, com as informações suficientes para a sua aquisição.

14 - OrçamentoAvaliação dos custos dos serviços, materiais, mão-de obra e taxas relativas à obra.

Há muito mais sobre esta NBR, veremos no próximo post.


Olá! Este blog foi criado para ampliar o conhecimento sobre o Desenho Arquitetônico e ajudar aos alunos iniciantes na fase de aprendizagem.